Marcel Petiot, o médico francês que envenenava seus pacientes

Marcel Petiot  nasceu em Auxerre, a 160 km de Paris. Desde a infância tinha problemas de atenção e de isolamento. Com 10 anos, foi encaminhado a uma escola especial, por apresentar comportamento sádico e cleptomania – compulsão por roubar objetos. Até os 17, foi expulso de duas escolas por vandalismo.
Serviu o Exército francês e foi ferido na 1ª Guerra. No front, foi atendido por médicos militares que o mantiveram internado em um hospital psiquiátrico por quatro meses. Auxiliado por um programa de ensino voltado aos veteranos de guerra franceses, se graduou em medicina em 1921.

 Após ser prefeito (e corrupto!) no interior francês, voltou a Paris e à medicina em 1931. Foi acusado de fornecer narcóticos e de executar práticas proibidas, como abortos. Em 1940, quando tropas alemãs ocuparam Paris, Petiot montou um esquema macabro de “ajuda” aos fugitivo.
Sua clientela era formada por judeus, criminosos e maquis – participantes da resistência francesa. O golpista prometia passagem segura até a América do Sul, com passaporte e documentos falsos, por 25 mil francos (quase R$ 640 mil em valores atuais).



Marcel eliminava os clientes com injeções de estricnina, dizendo se tratar de uma vacina contra doenças sul-americanas. Os corpos eram esquartejados e colocados em tanques de cal virgem para acelerar a decomposição. Petiot e sua gangue ficavam com a grana e os pertences das vítimas.

Ele curtia espalhar histórias de guerra surreais. Sua preferida era dizer que inventava “armas secretas” que matavam nazistas sem deixar evidências. Junto com os causos, a fama dele se espalhava, facilitando a captação de novos clientes para o esquema de ajuda aos fugitivos.

Agentes da Gestapo (a polícia secreta alemã) se passaram por fugitivos para capturar os comparsas, que, sob tortura, entregaram o chefe. Acusado de 27 assassinatos, Petiot foi preso em 1944. Mais de dez corpos, em condições de ser identificados, foram encontrados em seu escritório.

QUE FIM LEVOU?
Apesar de alegar inocência dizendo que suas vítimas eram nazistas, foi condenado à morte. A lâmina da guilhotina decapitou o doutor em 25 de maio de 1946.

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